quinta-feira, 30 de abril de 2015

Ler virou modinha?

Hey, hey, gente!

     Quero falar hoje sobre um assunto bastante atual e bastante comentado principalmente pelo pessoal mais jovem: a febre literária. O que, exatamente seria essa febre, Bianca?
     De alguns anos para cá, fortemente apoiada pelas adaptações cinematográficas, a literatura vem ganhando um espaço cada vez maior no cotidiano das pessoas (grande parte crianças e jovens). A gente assiste a um filme bem legal no cinema, fica super empolgado com a trama e os personagens, e então descobre que foi baseado em um livro. BUM! Ficamos curiosos para conhecer a história mais detalhadamente (até porque adaptações são só a ponta do iceberg da verdadeira história, né!) e então buscamos ler os livros. Bem, ao menos comigo é desse jeito. Com você é assim também?
     Minha experiência "conhecendo melhor o livro do filme que eu amei" mais marcante foi com Percy Jackson e o Ladrão de Raios. Na época eu aluguei o filme e assisti em casa, me apaixonando logo nos primeiros minutos. Um booom tempo depois uma amiga minha acabou me emprestando os livros do que eu descobri ser uma série. Vou chamá-la de N para manter a identidade dela em sigilo (N, um obrigada cheeeio de glitter e corações cor de rosa pelos empréstimos!). Voltando ao livro, eu li a série toda apaixonadamente e fiquei inconformada com a adaptação que fizeram, aquela que me atraiu para a história. Um horror, mas essa questão fica para outra postagem.
     A questão principal que eu quero colocar em destaque aqui é a maneira como as leituras de hoje em dia parecem superficiais. Não todas, obviamente, até porque muita gente gosta mesmo de ler por prazer, porque acha edificante e divertido. O ponto em que quero chegar é  nas chamadas "leituras modinha". Pense comigo, caro leitor, num grupo de pessoas que lê apenas porque todo mundo perto delas está lendo determinada obra. Que segue a massa, ignorando os próprios gostos simplesmente porque quer bater no peito e dizer Ah, eu também li esse livro!
     O superestimado A culpa é das estrelas é um forte exemplo de leitura modinha. Digo superestimado porque, na minha opinião, não é essa história maravilhosa e arrebatadora que a maior parte do pessoal aclama. Chorei enquanto lia? Chorei. Gostei? Gostei. Valeu a pena ler? Claro que valeu. É o melhor livro que já li na minha vida? Sem chance. O fanatismo a respeito desse livro foi tanto que, um tempinho depois que eu li e a história explodiu para o mundo, uma colega de sala veio me pedir o meu exemplar do livro e disse que era para tirar uma foto com ele e postar nas redes sociais. Sim, é isso mesmo que você leu, caro leitor. A menina queria tirar uma foto! Consegue ver aonde quero chegar? Minha colega não me pediu o livro emprestado porque queria ler, nem se interessou pelo assunto do qual se tratava a história. Tudo o que ela queria era mostrar ao mundo que também "leu" o famoso e emocionante A culpa é das estrelas como se isso fizesse dela mais ou menos importante.
     Essa é a parte negativa da literatura modinha. A positiva eu ainda me pergunto onde está, se é que existe. Ressalto que eu não tenho absolutamente nada contra essa obra ou contra o autor (John Green) e eu até me diverti bastante com os personagens enquanto lia. O que me tira do sério e entristece é ver o quanto até mesmo na literatura algumas pessoas preferem seguir o pensamento coletivo ao invés de respeitar os próprios gostos. No entanto, talvez esse pessoalzinho que só leu A culpa é das estrelas para estar na moda acabe se interessando de verdade por mais leituras e conheça o quão bom é ler de verdade. Quem sabe? Assim eu espero!

Até mais!

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