sexta-feira, 24 de abril de 2015

Resenha de "A Seleção"!

Hey, hey, gente!

     Que menina não gostaria de conhecer e se apaixonar por um príncipe lindo? Que menina não gostaria de usar as melhores roupas e acessórios e ter empregados atendendo a todos os seus pedidos? Que menina não gostaria de ser uma princesa? A resposta é simples: America Singer.
     Numa sociedade distópica onde as pessoas são classificadas por castas de acordo com suas posses e empregos (sendo a casta Oito a mais miserável e a casta Um a realeza), a única maneira de ter uma vida luxuosa é estar no topo. A jovem America Singer, de casta cinco, nunca sonhou com nada mais que casar-se com seu namorado secreto e ter uma vida estável e aprovação dos pais. Nascida numa família de artistas relativamente pobre, America foi ensinada a ser independente e a batalhar por seus objetivos. Porém, seus planos para uma vida a dois com o adorável Aspen (o namorado secreto de casta inferior) vão por água abaixo quando a Seleção é anunciada e America é convencida/obrigada pela mãe a participar numa tentativa de salvar a família da miséria.
     A Seleção é a maneira que a casta Um, a realeza, encontrou para escolher a nova rainha da nação: trinta e cinco garotas são selecionadas e levadas ao palácio, onde passarão por diversas avaliações até que reste apenas a sortuda que se casará com o príncipe regente e assumirá o trono ao lado dele. É quase como um Big Brother da Barbie, né? Pois então, America acaba inscrita meio contra a própria vontade e (surprise, surprise!) é selecionada.
     Apesar de a garota não querer abandonar o namorado e toda a sua vida para participar de um concurso superficial, após ter o coração partido por Aspen, é exatamente o que ela faz. Confusa, irritada e magoada, America é levada ao palácio com a concreta certeza de que é impossível se apaixonar pelo príncipe Maxon e mais impossível ainda que ela vença a Seleção. Será que seus planos serão alterados pelo destino mais uma vez?

    A Seleção sem dúvida me surpreendeu de maneira bastante positiva. Quando comecei a ler, imaginei que a trama seria aquele clichê chato e previsível e que essa seria só mais uma historinha romântica do tipo Cinderela. Mas eu estava errada (e como!).
     Para começar, America me cativou. Embora o início do livro seja um pouquinho sem graça, a personagem protagonista já surge como alguém que sabe o que quer da vida e que tem em mente os meios para conseguir o que procura. Ela vem de uma família grande e desde bem nova entende as dificuldades pela qual sua casa passa para se sustentar. E, vamos combinar, uma história narrada por uma protagonista legal e pé no chão é muuuito melhor de ler!
     Além de America, os outros personagens que cercam a trajetória dela são muito bem construídos e desenvolvidos. Cada membro da família Singer é apresentado com suas próprias características e personalidades, o que nos faz sentir mais próximos da realidade deles. Aspen, o namorado que America esconde dos pais por causa da casta, é um verdadeiro amorzinho. Na minha opinião (e vamos deixar bem claro aqui que eu amoo príncipes), ele só perde para o príncipe Maxon, porque Maxon é Maxon, né, meu bem? Quem já leu ou ainda pretende ler vai entender o que eu quero dizer.
     Bem, outro ponto positivo que me envolveu ainda mais na trama foi o contexto social. A maneira como o país (Illéa, que acaba de se erguer após uma guerra) se estabiliza em castas que evidenciam muito a desigualdade entre as classes simplesmente me fascinou. A autora, Kiera Cass, solta críticas discretas e fortes no decorrer dos acontecimentos que se aplicam até mesmo nos dias atuais.
     As sequências A Elite e A Escolha são ainda melhores e muuuito viciantes (A Escolha eu li no desespero, em apenas um dia!). E agora, com a notícia da adaptação da história para os cinemas, a série ganhará novas proporções!
     Eu recomendo A Seleção para quem curte um romance inteligente com uma dose equilibrada de distopia, drama e uma pitada de política. Sério, deu até vontade de ler tudo de novo! ^-^

Até mais!

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