quinta-feira, 11 de junho de 2015

"Puros", uma distopia brutal!

Hey, hey, gente!

     A resenha de hoje é sobre uma das distopias mais bizarras que já tive a oportunidade de ler: Puros, da Julianna Baggott. Com essa introdução o livro parece esquisito, não é? Mas pode relaxar, leitor, é um esquisito muito bom!
     Eu comprei Puros numa suuuper promoção do site Submarino e de primeira fui conquistada pela capa maravilhosa (já comentei que adoro capas de livros, né?) e a sinopse me cativou. Confira aí:

        Pressia pouco se lembra das Explosões ou de sua vida no Antes. Deitada no armário de dormir, nos fundos de uma antiga barbearia em ruínas onde se esconde com o avô, ela pensa em tudo o que foi perdido — como um mundo com parques incríveis, cinemas, festas de aniversário, pais e mães foi reduzido a somente cinzas e poeira, cicatrizes, queimaduras, corpos mutilados e fundidos. Agora, em uma época em que todos os jovens são obrigados a se entregar às milícias para, com sorte, serem treinados ou, se tiverem azar, abatidos, Pressia não pode mais fingir que ainda é uma criança. Sua única saída é fugir.
        Houve, porém, quem escapasse ileso do Apocalipse. Esses são os Puros, mantidos a salvo das cinzas pelo Domo, que protege seus corpos saudáveis e superiores. Partridge é um desses privilegiados, mas não se sente assim. Filho de um dos homens mais influentes do Domo, ele, assim como Pressia, pensa nas perdas. Talvez porque sua própria família se desfez: o pai é emocionalmente distante, o irmão cometeu o suicídio e a mãe não conseguiu chegar ao abrigo do Domo. Ou talvez seja a claustrofobia, a sensação de que o Domo se transformou em uma prisão de regras extremamente rígidas. Quando uma frase dita sem querer dá a entender que sua mãe pode estar viva, ele arrisca tudo e sai à sua procura.Dois universos opostos se chocam quando Pressia e Partridge se encontram. Porém, eles logo percebem que para alcançarem o que desejam — e continuar vivos — precisarão unir suas forças. (Sinopse oficial)

     Interessante, não?
     Eu demorei um pouco para pegar firme na leitura, pois a escrita é bastante detalhada e, no início, o foco fica em alguns acontecimentos do passado da protagonista. Mas, ei, eu curti muito a Pressia e o Partrigde (até hoje não sei bem como pronunciar o nome dele) e a forma como a história dos dois acaba se entrelaçando. É importante destacar aqui que o foco de Puros não é um romance entre os personagens em meio a um ambiente caótico, então não espere grandes demonstrações de afeto, por mais que haja relacionamentos amorosos na trama.
     Quase me esqueci! Por causa das terríveis explosões que dizimaram parte da população, o pessoal restante meio que se fundiu com os objetos próximos deles no momento da catástrofe. O resultado disso é quase chocante. Se você não tem estômago para coisas e pessoas fundidas, leitor, sinceramente, é melhor que leia outra coisa! Não darei mais detalhes para não estragar a surpresa (ou choque) de quem ainda vai ler, mas que é perturbador, é.
     A crítica social presente no livro é muito clara e até nos deixa bastante revoltados com tamanha desigualdade enfrentada pelos personagens. Me fez refletir bastante sobre o rumo que a nossa própria sociedade está tomando e o quanto a natureza humana está próxima da natureza animal.
     Puros é uma obra forte e tem uma brutalidade necessária. Eu gostei muito do desenvolvimento da trama e aguardo muito ansiosamente a sequência, que até agora não deu nenhum sinal de vida aqui no Brasil!
     É um prato cheio para os fãs de distopia e ficção científica! Não deixe de ler!

Até mais!

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