terça-feira, 30 de junho de 2015

Adaptações literárias... SOCORRO!

Hey, hey, gente!



     Meus dedos estão tão frios que digitar esta postagem não será uma coisa muito fácil, mas o assunto de hoje merece um esforcinho meu (além disso, escrever já virou um vício mesmo...). Hoooje falaremos sobre ADAPTAÇÕES LITERÁRIAS (sim, com todas as letras maiúsculas, caro leitor, porque eu gosto de dramatizar).
     Tem coisa melhor do que receber a dooce notícia de que aquele seu livro preferido, cuja história se tornou quase a história da sua vida, será adaptado para os cinemas? Você surta, você grita, você corre para o Facebook escrever EU LI O LIVRO ANTES DE SABER QUE IRIA VIRAR FILME! e você já até sonha com o elenco perfeito e a trilha sonora. Essa é uma das alegrias de ser leitor. Yeey!
     No entanto, essa mistura de cinema com literatura às vezes não dá muuuito certo.
     A equipe responsável por sintetizar toda a história presente nas 300 e tantas páginas do livro e converter tudo num só roteiro nem sempre faz o trabalho como os fãs leitores gostariam que fosse feito. Cenas que lemos e gostamos são deixadas de lado. Personagens simplesmente somem. O gigante feioso da história não é tão feioso quanto imaginamos durante a leitura. Isso tudo acontece e é bastante compreensível que alguns elementos sejam deixados de fora para que a história ''caiba'' em uma hora e meia de filme. Faz parte do conceito de adaptação.
     MAS (e esse é um mas bem dramático), em casos extraordinários, parece que a direção simplesmente não leu o livro. Não estou brincando, leitor. Há alguns absurdos na Terra das Adaptações Literárias que deixam a mim e a uma legião de leitores revoltados.
     Segue abaixo e exemplo que eu tenho como o mais grave:






     Não sei se você já sabe, leitor, mas eu sou muito apaixonada pela série Percy Jackson e os Olimpianos do brilhante Rick Riordan (isso me lembra que preciso fazer uma resenha sobre esses livros lindos). E eu não posso falar sobre péssimas adaptações sem falar sobre Percy Jackson.
     O filme é tão incoerente!
     Foram alteradas características físicas e psicológicas de certos personagens e isso acabou interferindo muuuito no desenrolar da história. Um exemplo disso é o fato de que Percy tem somente 12 anos no livro, enquanto no filme tem 17. Annabeth dos livros é LOIRA e é uma estrategista brilhante, não a guerreira durona que o filme nos apresenta. Grover, o "menino bode" é ruivo e medroso nos livros, COMPLETAMENTE APOSTO AO GROVER DO FILME! Além disso, grande parte do enredo foi bastante alterada (ouso dizer, danificada) quando foi para as telonas e isso causou uma revolta entre os fãs leitores e até mesmo no próprio autor, que diz nunca ter assistido à adaptação. A coisa toda foi uma total falta de profissionalismo e fidelidade à obra tão bem feita de Riordan.    

Annabeth do livro X Annabeth do filme


Grover do livro  

Grover do filme 

     

     Pois é, o número de obras "destruídas" pelo cinema não para por aí, amigo leitor. 
     Crepúsculo, de Stephenie Meyer; A Bússola de Ouro, de Philip Pullman e Eragon, de Christopher Paolini também estão entre as adaptações mais odiadas pelo público. E quando eu digo odiadas, é porque a coisa é bem séria. Seja pela fuga da trama original, banalização de um ou outro personagem ou infidelidade ao livro, é fato que muita gente não está contente com o trabalho realizado e até mesmo evita assistir a filmes de livros para não sofrer "decepções".
     Eu, particularmente, fico muito mal quando vejo uma história pela qual me apaixonei durante a leitura se transformar em um filme de Sessão da Tarde que é motivo de piada (de novo falando sobre Percy Jackson). E sei que não estou sozinha nisso.
     Mas então eu penso: é importante haver liberdade de interpretação e certa flexibilidade quando se adapta um livro para o cinema. E nós, leitores, devemos manter em mente que as pessoas que estão produzindo a adaptação do nosso livro são falhas e muitas vezes deixarão de fora aquela cena ou personagem que amamos, principalmente porque não dá para agradar todo mundo, né?
     Por isso, lembre-se, amigo leitor, que sempre teremos a história original no livro, perfeita como o autor quis e com tudo em seu devido lugar. O mundo que a gente cria enquanto lê supera qualquer cenário cinematográfico! =D




Agradecimentos especiais, yeey!
Quero agradecer o apoio e divulgação das seguintes páginas sobre leitura no Facebook (vocês são uns lindos, obrigada!):

*Sociedade do Livro (link: https://www.facebook.com/sociedademessdoslivros)
*Intoxicados por livros (link: https://www.facebook.com/pages/Intoxicados-Por-Livros/584395321657673)
*Livros e Músicas (link: https://www.facebook.com/pages/Livros-e-M%C3%BAsicas/1558710304363413)

Não deixe de dar o seu LIKE e conferir o conteúdo desse pessoalzinho! =D




   


Até mais!




sexta-feira, 26 de junho de 2015

Resenha de "Os Adoráveis"!

Hey, hey, gente!

     A resenha de hoje é sobre o penúltimo livro que comprei (e devorei): Os Adoráveis, da inglesa Sarra Manning. Antes de qualquer coisa, quero mandar um beijo gigantesco para a Lojas Americanas por suprir minha necessidade de comprar bons livros por preços lindos e maravilhosos. Sério. Não direi quanto eu paguei em Os Adoráveis (por motivos de não), mas garanto a você, amável leitor, que foi bem pouco por um livro tão bacana.
     Okaaay, vamos ao que interessa...

"Jeane é blogueira. Seu blog, o Adorkable, é um blog de estilo de vida — na verdade, o estilo de vida dela — e já ganhou até prêmios na categoria “Melhor Blog sobre Estilo de Vida” pelo e Guardian e um Bloggie Award. Adora balas Haribo, moda (a que ela cria, comprando em brechós) e colorir (ou descolorir totalmente) os cabelos. Cheia de personalidade e meio volúvel, ainda assim Jeane é bacana — mesmo nos momentos em que se transforma numa insuportável. Mas, certamente, ela não olharia duas vezes para Michael. Porque Michael é o oposto de Jeane. Ele é o tipo de cara que namoraria a garota mais bonita da escola. E compra suas roupas na Hollister, na Jack Wills e na Abercrombie. Além disso, diferente de Jeane, que é autossuficiente, Michael é completamente dependente do pai, o Clínico Geral que condena açúcar, e ainda permite que sua mãe compre suas roupas! (Embora, para Jeane, o pior mesmo sobre Michael é que ele baixa música da internet e nunca paga por isso). Jeane e Michael têm pouco em comum, além de algumas aulas e uma maçante dupla de “ex” — Scarlett e Barney. Mas, apesar disso, eles não conseguem se desgrudar desde que ¬ ficaram pela primeira vez." (Sinopse oficial)

     Confesso que achei a capa um tanto ridícula. Sério, não curti. Mas a sinopse me deixou tããão curiosa (e o preço estava tão bom!) que eu não pude evitar comprá-lo.
     Os Adoráveis tem dois ótimos motivos pelos quais você deve lê-lo: Jeane e Michael. Juntos. Separados. Tanto faz, esses dois personagens são tão bem escritos de uma maneira tão inteligente e inspiradora que é quase impossível não amá-los e não torcer por eles.
     Jeane é talvez a personagem mais autêntica que já conheci. Ela tem sua própria opinião sobre TUDO, sua própria maneira de se vestir e até mesmo a própria filosofia de vida. E, apesar de ser uma menina toda rabugenta e orgulhosa, eu a considero brilhante. Talvez ela só precise de alguém que amoleça seu coração de pedra, não é?
     Michael é um fofo, mas em mais de uma situação eu tive vontade de bater nele, simplesmente porque ele cai muito nas conversas da Jeane e atende aos caprichos doidos dela. A mãe de Michael é uma figura e é parecida com a minha em certos aspectos, o que foi divertido e estranho de ler (mãe, eu sei que você deve estar lendo isso, então vou aproveitar a oportunidade e te mandar um beijo!). A família dele e a minha também têm lá suas semelhanças, e eu acho que estar tão ligado aos pais faz de Michael um personagem do tipo "para casar".
     Em geral o livro me agradou muito, exceto pela capa e pela parte final, que poderia ter sido muuuito melhor desenvolvida (só estou dizendo...). Recomendo para os fãs de Quem é você, Alasca?(John Green) e de Invisível (David Levithan). É romance, é fofo, mas não é nada meloso. Não espere grandes declarações de amor, caro leitor.

     E essa foi minha resenha de Os Adoráveis, da Sarra Manning. Aproveitem a promoção da Lojas Americanas e corram para comprar!

P.S.: Quem quiser saber quanto eu paguei é só perguntar aqui nos comentários. Talvez eu responda. Talvez não. =D


Até mais!

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Tipos de personagens!

Hey, hey, gente! 



     Cooomo vão vocês? Lendo bastante?
     O tema de hoje é especialmente sobre os tipos de personagens encontrados nas tramas da literatura e do cinema que tanto emocionam, irritam e amedrontam a nós, o público. Não sei bem o motivo, mas me deu vontade de falar sobre eles aqui (sorriso amarelo), então espero que curtam!




          O protagonista! 

     Na maioria das vezes, o personagem protagonista surge antes mesmo da história do livro/filme. Ele pode ser corajoso e nobre, como Jon Snow de Game of Thrones, engraçado e destemido como Percy Jackson de Percy Jackson e Os Olimpianos, e até mesmo cruel e calculista como Light Yagami de Death Note. A variedade é enooorme (mesmo), sempre de acordo com a maneira como o autor quer contar a história e como ele pretende transmitir a mensagem. Geralmente, o protagonista é o personagem com quem a maioria se identifica, mas ele não é necessariamente o mais interessante ou melhor desenvolvido.

                                     
                                                    Jon Lindo Snow (Game of Thrones)




  Percy Jackson (Percy Jackson e os Olimpianos)





                                                           Light Yagami (Death Note)






               O escudeiro! 

     Vamos combinar que nem sempre o protagonista dá conta de todo o trabalho de lutar contra o mal (ou seja lá qual for o grande desafio), e para isso ele precisa daquela mão amiga para todas as horas. Daí surge a ideia do "ajudante". Ele é quase sempre o melhor amigo e tem uma personalidade gentil, engraçada e prestativa. É também responsável muitas vezes por dar o toque humorístico durante as situações mais tensas, o que faz com que seja bastante querido pelo público.
     Exemplos bem legais de ''escudeiros'' são o atrapalhado Rony Weasley de Harry Potter e o leal Samwise Gamgee (ou apenas Sam) de Senhor dos Anéis.

   Sam, (Senhor dos Anéis
                                



                                                           Rony Weasley (Harry Potter





               A mocinha!

     Muitas vezes é a donzela resgatada. Atualmente, nem tanto. Cada vez mais as personagens femininas têm ganhado espaço de destaque como parte importante da trama, e não apenas o par romântico do protagonista. Com força, coragem e um girl power* inegável, elas chutam muitos traseiros e provam que podem salvar a si mesmas. Grandes exemplos são Natasha Romanoff de Os Vingadores, Rukia Kuchiki de Bleach e Mikasa Ackerman de Ataque dos Titãs.

 Natasha Romanoff (Os Vingadores)                                                   

                                                 

    
                                                               Rukia Kuchiki (Bleach)




Mikasa Ackerman (Ataque dos Titãs)






               Os vilões...

     
     Ah, os vilões. O que seria da trama sem alguém para causar aquele barraco básico, não é? Vilões são generalizados como os que se opõem ao herói protagonista e querem (na maioria das vezes) fazer dominar o mundo através do mal, mas muita gente se esquece que eles são os personagens mais complexos das histórias. Sério, um bom vilão (ou devo dizer mau?) é um vilão com quem criamos um vínculo que fica entre amor e ódio. Ele quase sempre tem um passado obscuro ou alguns parafusos a menos que """"""justificam"""""" (com muitas aspas mesmo) as ações desse carinha do mal. Ou você ama odiá-lo ou odeia amá-lo. Bons... ops, maus exemplos de vilões com personalidades marcantes são Regina Mills/Rainha Má de Once Upon A Time, Joffrey Baratheon de Game of Thrones e Anakin Skywalker/Darth Vader de Star Wars.

                                                   Regina Mills/RM (Once Upon A Time)





Joffrey Baratheon (Game of Thrones)

        

    

                                             Anakin Skywalker/Darth Vader (Star Wars)






     É claro que nem tudo é preto no branco quando se trata de reproduzir a personalidade humana, até porque ninguém é inteiramente bom ou mal. Há personagens reais também, que tomam decisões ruins por boas razões e vice-versa. 
     Mas aí estão os rótulos mais comuns quando falamos de personagens e eu sinceramente espero que esta postagem tenha divertido você, caro leitor, ao menos um pouquinho!
     Qual desses carinhas acima é seu(a) favorito(a)? Deixe o nome nos comentários, eu vou adorar saber!



*Glossário (hoje tem!)

girl power: pode-se traduzir como ''poder feminino''.








     Até mais!


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Eu no YouTube? + Invisível, de David Levithan

Hey, hey, gente!



     Como estão vocês?
     Hoje eu decidi compartilhar com vocês aqui no blog uma resenha em vídeo que eu fiz em parceria com o canal Nós e a Estante, do meu amigo Rapha Hamano. É sobre Invisível, de David Levithan e Andrea Cremer, narrado por Stephen, um garoto literalmente invisível que passou praticamente a vida toda sozinho na cidade de Nova York.
     Fiquei animada quando me convidaram para fazer a resenha (errei várias vezes a pronúncia do nome da Andrea Cremer, mas ok) e tenho certeza de que é uma dica de leitura bem gostosa para os amantes de John Green e do próprio David Levithan.







          Stephen passou a vida do lado de fora, olhando para dentro. Amaldiçoado desde o nascimento, ele é invisível. Não apenas para si mesmo, mas para todos. Não sabe como é seu próprio rosto. Ele vaga por Nova York, em um esforço contínuo para não desaparecer completamente. Mas um milagre acontece, e ele se chama Elizabeth.
          Stephen tem sido invisível por causa de uma maldição que seu avô, um poderoso conjurador de maldições, lançou sobre a mãe de Stephen antes de ele nascer. Então, quando Elizabeth se muda para o prédio de Stephen em Nova York vinda do Minnesota, ninguém está mais surpreso do que ele próprio com o fato de que ela pode vê-lo. Um amor começa a surgir e quando Stephen confia em Elizabeth o seu segredo, os dois decidem mergulhar de cabeça do mundo secreto dos conjuradores de maldições e dos caçadores de feitiços para descobrir uma maneira de quebrar a maldição. (Sinopse oficial)


     
         E para você, amigo leitor, que ficou curioso para ver como me saí em minha primeira resenha em vídeo e qual a minha opinião sobre o livro, aí está:





     E quem sabe, num futuro não muito distante, eu acabe fazendo mais resenhas assim, não é? Se gostou, leitor, deixe-me saber! E não deixe de dar um pulinho no canal do Nós e a Estante para conferir as novidades!






P.S.: Eu sei que a qualidade do vídeo não está lá essas coisas, mas foquem no conteúdo, beleza? ^_^






Até mais!



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mortes literárias :):

Hey, hey, gente!



     Como vão vocês? :D
     Hoje eu estava aqui na página inicial do blog, revendo algumas postagens e me perguntando sobre o tema de hoje. Sério, eu literalmente me perguntei Sobre o que vou escrever agora?. Mesmo com taaaanta coisa que eu ainda quero discutir aqui, todos os temas simplesmente fugiram de mim e eu fiquei olhando para a tela do computador, indecisa por um tempo. Até que surgiu um assunto no grupo do Whatsapp do qual eu faço parte (grupo O, para não citar nomes!) e eu resolvi que seria um assunto legal de expor para vocês aqui.
     Entãããão, o tema da postagem de hoje é, nada mais, nada menos que: mortes literárias.

   


     Uma morte literária - caso você não saiba, leitor - é a morte de um personagem de um livro. Seja do vilão ou do mocinho, do protagonista ou do coadjuvante, sempre somos marcados por alguma morte desse pessoalzinho fictício que conhecemos através das páginas. 
     E, para piorar, muitas vezes a morte chega àquele personagem com o qual criamos um vínculo muito forte, com o qual nos identificamos, para quem torcemos e a quem amamos. E aí, adeus personagens preferidos!




     Muitas vezes reagimos assim:





     

     Ou assim:






     


     Em alguns casos assim: 








     E até mesmo assim:





     É. Essa vida de leitor realmente não é fácil. De primeira, não acreditamos que o nosso personagem favorito morre e aquele pequeno raio de esperança de que ele retorne permanece até o fim do livro (ou da saga), para que a gente tenha uma confirmação concreta que, sim, o meu personagem amorzinho morreu! (ou não, né, às vezes foi mesmo alarme falso e ele está vivo).
     Eu posso dizer que nunca sofri muito com esse problema, como a maioria dos leitores - pois em geral me afeiçoo muito aos protagonistas - mas não dá para escapar da tristeza de ver um personagem legal morrer, mesmo quando não é seu favorito. É importante entender que esse tipo de morte acontece porque o autor acreditou que contribuiria para o enredo e decidiu que era o que devia acontecer (então não me xingue quando ler meus livros, leitor!).
     E você?
     Qual foi a morte literária que mais te marcou? 
     Opa, espera! 
     Pode parar por aí. Não escreva spoilers nos comentários! Isso pode prejudicar a leitura de outra pessoa e não é nada legal, certo? :)
     Relembre sua morte literária e guarde para comentar com quem já sabe/leu, ok?






Até mais!


quinta-feira, 11 de junho de 2015

"Puros", uma distopia brutal!

Hey, hey, gente!

     A resenha de hoje é sobre uma das distopias mais bizarras que já tive a oportunidade de ler: Puros, da Julianna Baggott. Com essa introdução o livro parece esquisito, não é? Mas pode relaxar, leitor, é um esquisito muito bom!
     Eu comprei Puros numa suuuper promoção do site Submarino e de primeira fui conquistada pela capa maravilhosa (já comentei que adoro capas de livros, né?) e a sinopse me cativou. Confira aí:

        Pressia pouco se lembra das Explosões ou de sua vida no Antes. Deitada no armário de dormir, nos fundos de uma antiga barbearia em ruínas onde se esconde com o avô, ela pensa em tudo o que foi perdido — como um mundo com parques incríveis, cinemas, festas de aniversário, pais e mães foi reduzido a somente cinzas e poeira, cicatrizes, queimaduras, corpos mutilados e fundidos. Agora, em uma época em que todos os jovens são obrigados a se entregar às milícias para, com sorte, serem treinados ou, se tiverem azar, abatidos, Pressia não pode mais fingir que ainda é uma criança. Sua única saída é fugir.
        Houve, porém, quem escapasse ileso do Apocalipse. Esses são os Puros, mantidos a salvo das cinzas pelo Domo, que protege seus corpos saudáveis e superiores. Partridge é um desses privilegiados, mas não se sente assim. Filho de um dos homens mais influentes do Domo, ele, assim como Pressia, pensa nas perdas. Talvez porque sua própria família se desfez: o pai é emocionalmente distante, o irmão cometeu o suicídio e a mãe não conseguiu chegar ao abrigo do Domo. Ou talvez seja a claustrofobia, a sensação de que o Domo se transformou em uma prisão de regras extremamente rígidas. Quando uma frase dita sem querer dá a entender que sua mãe pode estar viva, ele arrisca tudo e sai à sua procura.Dois universos opostos se chocam quando Pressia e Partridge se encontram. Porém, eles logo percebem que para alcançarem o que desejam — e continuar vivos — precisarão unir suas forças. (Sinopse oficial)

     Interessante, não?
     Eu demorei um pouco para pegar firme na leitura, pois a escrita é bastante detalhada e, no início, o foco fica em alguns acontecimentos do passado da protagonista. Mas, ei, eu curti muito a Pressia e o Partrigde (até hoje não sei bem como pronunciar o nome dele) e a forma como a história dos dois acaba se entrelaçando. É importante destacar aqui que o foco de Puros não é um romance entre os personagens em meio a um ambiente caótico, então não espere grandes demonstrações de afeto, por mais que haja relacionamentos amorosos na trama.
     Quase me esqueci! Por causa das terríveis explosões que dizimaram parte da população, o pessoal restante meio que se fundiu com os objetos próximos deles no momento da catástrofe. O resultado disso é quase chocante. Se você não tem estômago para coisas e pessoas fundidas, leitor, sinceramente, é melhor que leia outra coisa! Não darei mais detalhes para não estragar a surpresa (ou choque) de quem ainda vai ler, mas que é perturbador, é.
     A crítica social presente no livro é muito clara e até nos deixa bastante revoltados com tamanha desigualdade enfrentada pelos personagens. Me fez refletir bastante sobre o rumo que a nossa própria sociedade está tomando e o quanto a natureza humana está próxima da natureza animal.
     Puros é uma obra forte e tem uma brutalidade necessária. Eu gostei muito do desenvolvimento da trama e aguardo muito ansiosamente a sequência, que até agora não deu nenhum sinal de vida aqui no Brasil!
     É um prato cheio para os fãs de distopia e ficção científica! Não deixe de ler!

Até mais!

domingo, 7 de junho de 2015

Anime do mês: Death Note!

Hey, hey, gente! 



     Como vão vocês, hein?
     Há umas duas postagens, eu falei sobre Bleach, o anime, e o assunto teve uma repercussão bem bacana aqui no Cineliteratura (sério, foi a postagem mais visitada, obrigada a todo o pessoal que leu!). Pooor esse motivo, decidi que vou resenhar e recomendar a vocês um dos meus animes preferidos a cada mês (yeey!). Seria muuuito legal se você, leitor e fã de animes, também compartilhasse seus gostos aqui no blog através dos comentários! :)
     Bem, sem mais delongas... o anime sobre o qual falarei hoje é o suspense sobrenatural Death Note que conquistou legiões de fãs ao redor do mundo e (pasmem!) será adaptado para o cinema norte americano!





     Criado por Tsugumi Ohba (e ilustrado por Takeshi Obata), Death Note conta a história do brilhante e prodigioso estudante Light (ou Raito) Yagami, que encontra um misterioso e bizarro caderno que, como está escrito nas instruções, pode matar qualquer pessoa cujo nome for escrito em suas páginas. É, eu sei, bastante sinistro, né? Mas ainda não chegamos à melhor parte, leitor. Ao tocar no caderno e tomá-lo para si, Light adquire a capacidade de enxergar Shinigamis (espíritos responsáveis por fazer a travessia das almas para o além), e depara-se com Ryuk, um Shinigami todo esquisitão e viciado em maçãs que instrui Light sobre como usar o caderno da morte, apenas porque estava entediado. Certo, até aí a coisa já está meio estranha, né? Mas, ah, leitor, nós ainda nem começamos... Convencido de que é o escolhido para trazer a justiça ao mundo, Light começa a escrever nomes de criminosos no caderno e torna-se instantaneamente um assassino conhecido pelo público como Kira (relacionado ao verbo kill, "matar", em inglês).
     As muitas mortes causadas por Light através do caderno chamam a atenção da polícia e as coisas começam a ficar feias para o lado do garoto, pois seu próprio pai está na investigação que busca encontrar e punir "Kira" por fazer a própria justiça. À essa altura, Light já está tomado pelo poder e planeja recriar o mundo, assassinando todas as pessoas ruins para que ele seja nomeado o novo deus.
     Light só não conta com um elemento surpresa:o mundialmente famoso detetive "L", do qual ninguém sabe o verdadeiro nome ou rosto. Ele é chamado para investigar o caso e pega Light de surpresa, pois é tão genialmente inteligente quanto ele. Inicia-se então uma disputa acirrada entre Light e L com direito a muuuuito suspense, tensão e uma pitada de drama. Fica impossível de desgrudar os olhos!




     Eu, particularmente, só comecei a me interessar por Death Note porque estava super sem opção de animes para assistir. Muitos conhecidos meus já tinham assistido e me recomendaram, mas eu nunca tinha me interessado muito... até finalmente assistir. E, caramba, amigo leitor, eu me surpreendi com a força da trama e dos personagens.
     O principal ponto que quero destacar é o fato de que o protagonista não é bonzinho. Ele não é o herói da história, apesar de acreditar verdadeiramente que está fazendo o certo para melhorar a humanidade. Light é frio, calculista, astuto e até mesmo cruel em certas situações. Isso faz dele um baita personagem complexo e eu me peguei várias vezes torcendo por ele (é, admito!). Ele me fez repensar todo o meu próprio conceito de certo e errado e me fez refletir sobre como a justiça pode ser relativa dependendo do ponto de vista individual. O detetive, L, é um personagem forte, teimoso e inspirador, que ganhou um lugar especial no meu coração simplesmente por ser um adorável gênio viciado em doces (♥). Também tem a equipe de investigação de L, o pai de Light e mais um pessoalzinho que enriquece muito toda a trama, dosando muitas vezes suspense, humor e sobrenatural.




      Death Note está na minha lista de favoritos, definitivamente, porque me surpreendeu e cativou. Eu recomendo para quem gosta do gênero policial/suspense/sobrenatural e asseguro um ótimo entretenimento! Tem apenas 37 episódios e a versão dublada está disponível no YouTube (assim como a legendada, mas eu acho a dublada uma delícia de assistir! Sério, tem até o Guilherme Briggs no elenco de dublagem... de novo!). Assista, caro leitor, e me conte se você torce para Light ou para L! Já assistiu? Ótimo, deixe a sua opinião sobre o anime e sobre essa postagem aqui nos comentários, eu adoraria ler! :)





*IMPORTANTE: você tem algum anime ou mangá que gostaria de ver resenhado aqui no Cineliteratura? É só deixar sua sugestão nos comentários que eu vou correndo assistir/ler para trazer minha opinião sobre ele!


Até mais!

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Não somos Disney!

Hey, hey, gente!


     Está um frio delicioso aqui na minha cidade, perfeito para ler debaixo das cobertas ou assistir àquele filme de infância que você não vê faz tempo. Falaaando em filmes de infância, o tema de hoje é exatamente relacionado a isso! Bem, mais ou menos. Hoje quero falar sobre as animações que ficaram famosas através da Sessão da Tarde e que todo mundo ama, chora assistindo, sabe as músicas de trás para frente, e acha que são dos estúdios Disney.
     Primeiramente, quero deixar claro que eu sou fã de carteirinha das animações Disney (com grande ênfase em Frozen, Aladdin, A Bela Adormecida e Mulan e muitos outros, mas isso fica para oooutra postagem) e que admiro muito o trabalho desse pessoalzinho. Mas, não é só a Disney que produz animações/musicais maravilhosos que todo mundo aclama, eu eu realmente acho que os outros estúdios deveriam ter mais reconhecimento do público. Aqui estão algumas das minhas animações non-Disney* preferidas:


     Anastasia (1997)


     Foi o primeiro filme a ser lançado pela Fox Animation Studios. Anastasia faz uma releitura da lenda urbana sobre a princesa que sobreviveu ao massacre à família real russa durante a Primeira Guerra Mundial. É uma das minhas animações favoritas de todos os tempos! O enredo, as canções, os personagens e a aparência do filme são maravilhosos e... NÃO É UMA ANIMAÇÃO DISNEY, caro leitor. E, além disso, a dublagem brasileira (com um dos meus dubladores favoritos, Guilherme Briggs) é realmente melhor do que a original (a superioridade BR é inegável nesse caso!), trazendo vozes com as quais eu aposto que você já está familiarizado e que já foram citadas no post anterior.
     Nunca assistiu Anastasia? Pois não perca tempo, colega. O filme está disponível no Netflix e eu comprei o DVD nas Lojas Americanas por só R$14,90! A história é realmente fascinante...


                                      





     O Caminho para El Dorado (2000)



     Terceiro filme produzido pelos estúdios DreamWorks Animation, O Caminho para El Dorado retrata a jornada de dois espanhóis, Miguel e Túlio, em busca da lendária cidade do ouro. Cheeeio de um humor irresistível, canções lindas compostas por Elton John e uma dupla de personagens cativantes, é um filme para ver em família! E, adivinhe?, não é uma animação Disney! A dublagem também é maravilhosa e contribui muito para o humor da trama (e também tem Guilherme Briggs no elenco!). Recomendo muitíssimo!


                                       




     O Príncipe do Egito (1998)



     Também produzido pelos estúdios da DreamWorks Animation, O Príncipe do Egito é uma animação, no mínimo, gloriosa. O longa retrata a jornada de Moisés desde a juventute e sua missão de libertar o povo cativo no Egito (apesar de ter algumas variações, pode ser considerado bastante fiel à Bíblia). É uma das animações que mais marcou minha infância e, definitivamente, tem um lugarzinho especial na minha lista de favoritas. As canções são mais do que incríveis e... adivinhem de novo? Tem Guilherme Briggs no elenco de dublagem. Sério, o trabalho dele é maravilhoso. Não perca, caro leitor, a oportunidade de assistir a esse longa. Mesmo!


                                     



     Essas são algumas das minhas animações non-Disney* favoritas e eu as recomendo de toooodo coração a você, leitor. E aí estão dois outros estúdios de animação que merecem grande reconhecimento por seu incrível trabalho.
     E as suas animações non-Disney favoritas, quais são?




Glossário!

non-Disney: ''não Disney'', que não é da Disney.



Até mais!